Desde que o cinema inaugurou seu primeiro longa-metragem, se não me engano um filme intitulado The Story of the Kelly Gang (1906), feito na exótica Austrália, essa arte se torna concorrente da Literatura, embora o cinema só exista por que a Literatura já existia a séculos antes. O cinema, no entanto, é feito de amantes da literatura (ao menos o cinema antigo) e muitos livros foram adaptados de romances e contos literários. Os profissionais do cinema nunca desprezaram a Literatura ou tentaram subjugá-la, na verdade todo bom diretor e bom ator é certamente um leitor de boa Literatura. Contudo o cinema ocupa hoje um lugar significativo é muito maior que a Literatura tinha em proporção ao cinema na primeira antes das duas Grandes Guerras. Mas isso não é culpa do cinema e é um debate muito mais complexo. Nesse artigo queremos fazer referência a bons livros preferidos por atores os quais certamente você já assistiu e admirou o talento de seu trabalho na sétima arte. Então quais livros esses atores vencedores do oscar têm como preferidos? É uma lista de livros preferidos bem interessante e esperamos que você possa escolher alguns desses livros como sua próxima leitura.
Oscar 2024 Oppenheimer
Personagem: Robert Oppenheimer
Começamos com o versátil, enigmático e intenso ator irlandês Cillian Murphy (você pensou que ele era inglês não?!!) Ele começou a carreira no teatro, todos os bons vêm do teatro. Terá Shakespeare a ver com isso? Ele tentou Direito mas não seguiu por muito tempo, sentiu cedo o chamado à atuação. Chamou atenção com uma peça chamada Disco Pigs (1996) que acabou adaptada ao cinema e foi ele mesmo que atuou marcando assim o seu primeiro papel relevante no cinema.
Murphy é muito conhecido por papéis em filmes como:
Extermínio (2002), onde interpretou um sobrevivente em um mundo pós-apocalíptico;
Batman Begins (2005) e outras sequências da trilogia de Christopher Nolan, onde interpretou o vilão Espantalho; A Origem (2010) e Dunkirk (2017), em colaboração com Nolan.
E claro Peaky Blinders (2013-2022), série em que interpretou o icônico Thomas Shelby, que se tornou um de seus papéis mais famosos e rendeu a ele uma base de fãs devotada e imensa.
E chegando ao ápice com Oppenheimer (2023), dirigida por Christopher Nolan, que o rendeu aclamação da crítica quase total e reconhecimento em todo o planeta azul, incluindo sua conquista no Oscar de Melhor Ator.
Dá para sacar que Murphy é reservado e muito artístico, não gosta muito dos holofotes e provavelmente um leitor de qualidade. E então qual livro preferido dessa estrela talentosa da sétima arte, ou qual obra ele prefere da primeira arte, que como você sabe é Literatura.
The Ginger Man de J.P. Donleavy. A Edição brasileira é intitulada Um Safado em Dublin pela Editora Lp&M. Essa edição brasileira é traduzida diretamente do original de J.P. Donleavy e é muito boa, mantendo o tom humorístico e irreverente da narrativa, destacando o estilo único de escrita do autor.
Murphy expressou grande admiração por esta obra, afirmando que é "um daqueles livros que você lê quando jovem e fica intoxicado, e que deve ser saboreado ao longo da vida". Ele aprecia a combinação de travessura e humor do livro, juntamente com a empatia pelo "outsider que luta para encontrar um propósito neste mundo"
Daniel Day-Lewis
Oscar 1989 - Meu Pé Esquerdo,
(personagem: artista irlandês Christy Brown)
Oscar 2007 Sangue Negro
(personagem: magnata do petróleo Daniel Plainview)
e Oscar 2012 Lincoln
(personagem: presidente americano Abrahn Lincoln)
É isso mesmo você não viu errado no segundo ilustre leitor é o cara mais talentoso na minha opinião e o meu favorito. Ele é o único na história a ganhar três estatuetas, (epa pera lá!) o único a vencer 3 oscars como ator principal! Jack Nicholson, por exemplo, recebeu 3 oscars, mas um deles de ator coadjuvante.
Day-Lewis é diferente, assim como o ótimo Cillian Murphy ele odeia os holofotes, na verdade Daniel Day-Lewis é muito mais afastado de Hollywood que qualquer estrela desse peso. Ele tem um estilo de vida discreto e pela habilidade em diversos ofícios, incluindo marcenaria e sapateiro.
Para minha tristeza, esse diamante da sétima arte em 2017 anunciou sua aposentadoria após seu papel em Trama Fantasma, embora muitos fãs (incluindo eu) e críticos ainda esperam por um magnífico retorno.
E então qual livro preferido do cara que é o único a levantar 3 Oscars como ator principal?
Moby Dick, Herman Melville. Caramba e como seria extraordinário ver Daniel Day-Lewis interpretando o Capitão Ahab. Talvez daí surgisse seu 4° oscar. Certamente se ele adora o magnífico romance tem em mente um dia participar de uma adaptação. Que do meu ponto de vista ainda não aconteceu no cinema. Moby Dick merece um filme à altura de Daniel Day -Lewis no papel principal. Daniel mencionou diversas vezes o impacto que o livro teve sobre ele, especialmente em termos de complexidade emocional sobretudo o dilema existencial do personagem Capitão Ahab.
Meryl Streep
Oscar 1979 - Kramer vs. Kramer
(personagem: Joanna Kramer como uma mãe em meio a uma complexa batalha de custódia)
Melhor Atriz Coadjuvante
Oscar 1982 – A Escolha de Sofia
(personagem: Sophie Zawistowski sobrevivente polonesa
do Holocausto em uma das interpretações mais emocionantes e aclamadas de sua carreira).
Oscar 2011 – A Dama de Ferro
(personagem: Margaret Thatcher, interpretando
a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher)
Meryl Streep é frequentemente chamada de GOAT (“Greatest of All Time” ou “A Melhor de Todos os Tempos”) Só isso está bom? É uma atriz extremamente versátil. Muitos também se referem a ela como “A Rainha de Hollywood” ou "Dama Meryl." Ela é também conhecida por sua ética de trabalho e profissionalismo, um conjunto de qualidades levou colegas e equipes a usarem adjetivos como “lenda viva” ou “força da natureza.
Streep começou no teatro. Estudou na Universidade de Yale, onde obteve seu mestrado em artes cênicas. Seu talento a levou rapidamente para produções off-Broadway e Broadway, chamando a atenção da crítica. Sua estreia no cinema foi em Julia (1977), mas seu reconhecimento veio mesmo com O Franco-Atirador (1978)
Meryl Streep já foi indicada ao Oscar mais de 20 vezes, um recorde absurdo! Streep é famosa por sua imersão na preparação dos personagens. Ela estudou acentuações e nuances culturais profundamente para papéis específicos, como o sotaque polonês em A Escolha de Sofia e o britânico em A Dama de Ferro.
Além da atuação, Meryl é apaixonada pela música e toca piano muito bem. Ela mantém uma vida pessoal bastante privada, é casada desde 1978 com o escultor Don Gummer, e tem quatro filhos, alguns dos quais seguiram carreiras na indústria criativa. E claro que é uma leitora de bons livros e o seu preferido é...
Meryl Streep tem uma vasta cultura e leu muita Literatura, mas seu preferido pode se dizer é: Middlemarch de George Eliot. Ela já mencionou em muitas entrevistas que considera o livro uma obra-prima, sobretudo por sua profundidade psicológica e a exploração das escolhas e as restrições em personagens femininas. Esses temas ecoam em muitas das próprias escolhas da atriz para papéis no cinema.
A obra exprime o interesse de Meryl Streep em narrativas complexas e personagens multifacetadas, algo que transparece muito em seu trabalho como atriz.
Leonardo DiCaprio
Oscar 2016 – O Regresso
Nasceu em Los Angeles, em 11 de novembro de 1974. Iniciou sua carreira ainda muito jovem e construiu uma trajetória impressionante, tornando-se um dos principais nomes do cinema. DiCaprio começou na televisão, participando de séries como Growing Pains e alguns comerciais. Mas sua carreira ganhou impulso com papéis intensos, como em O Despertar de um Homem (1993), onde interpretou um adolescente problemático, e Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador (1993), pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante ao interpretar um jovem com deficiência mental ao lado de Johnny Depp.
Leo tem uma grande filmografia, e nela há filmes incríveis. Alguns de seus filmes mais notáveis incluem:
Romeu em Romeu + Julieta (1996), uma versão moderna e audaciosa da clássica peça de Shakespeare.
Jack Dawson em Titanic (1997), que o transformou em um símbolo internacional e consolidou sua popularidade global.
Howard Hughes em O Aviador (2004), onde interpretou o excêntrico bilionário e diretor de cinema, rendendo-lhe uma indicação ao Oscar.
Dom Cobb em A Origem (2010), onde interpretou um ladrão de sonhos em um thriller psicológico dirigido por Christopher Nolan.
Jordan Belfort em O Lobo de Wall Street (2013), onde viveu o famoso corretor corrupto em uma interpretação enérgica e extravagante.
Leo não poderia sair senão vencedor do Oscar com O Regresso, sua atuação é visceral e selvagem. Ele interpretou Hugh Glass, um caçador de peles em uma jornada brutal de sobrevivência e vingança. Para esse papel, DiCaprio enfrentou condições muito extremas durante as filmagens. Lembra da carcaça do bicho que ele entra tremendo? Então ali ele tremia de fato, o frio era simplesmente real e ele estava congelando.
DiCaprio realizou uma vasta pesquisa para muitos dos seus filmes. Em O Aviador, (eu amo esse filme) ele se consultou com especialistas para representar o transtorno obsessivo-compulsivo de Hughes, e em O Lobo de Wall Street, ele mergulhou na vida de excessos do personagem. Sua dedicação à autenticidade levou-o a colaborar com grandes diretores como Scorsese, Tarantino e Nolan.
Então qual é o livro preferido de Leo, esse baita ator que é quase unanimidade de quem gosta de cinema.
Leonardo DiCaprio é um leitor aplicado, mas especialmente de livros que exploram temas ambientais e sociais.
Um dos livros mais significativos para ele é Ismael, de Daniel Quinn, que aborda temas filosóficos e ambientais por meio de uma conversa entre um homem e um gorila sábio. Este livro teve grande impacto em DiCaprio, influenciando suas perspectivas sobre a relação entre a humanidade e o meio ambiente.
Al Pacino
Oscar 1993 – Perfume de Mulher
Além do Oscar por Perfume de Mulher, Al Pacino foi indicado várias vezes e recebeu outros prêmios importantes, incluindo um Globo de Ouro. Quem não achou Al Pacino o fodão alguma vez tem alguma desconexão grave. Lembro-me quando adolescente como queria ter uma metralhadora daquela de Tony Montana, bem... esse papo pode ser um pouco delicado nos dias de hoje. Vamos mudar de assunto. Curioso para saber o que Tony Mon... digo Al Pacino acha bom como leitura? Qual será o livro preferido de “Al” bem é claro que não sou íntimo do cara, mas gosto às vezes de chama-lo assim como os mais íntimos o conhecem. Então qual livro preferido de Al?
A obra que Al mais admira é de Shakespeare, isso reflete claramente sua influência dramática e talvez boa parte de suas capacidades que têm uma porção ou uma boa medida oriunda do que descobre em Shakespeare. Embora O Mercador de Veneza seja uma boa peça o filme é mediano. Mas não é essa peça literária sua preferida, Al admira profundamente Hamlet o que reflete seu interesse duradouro pelo teatro clássico e por personagens intensos e desafiadores.
Denzel Washington
Oscar 2002 – Dia de Treinamento
Denzel Washington é um dos atores mais respeitados e influentes do cinema moderno em uma carreira de mais de quatro décadas, Washington recebeu vários prêmios, incluindo um Tony Awards, dois Oscars, três Globos de Ouro e dois Ursos de Prata.
Em 2016, recebeu o Prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua obra e, em 2020, o The New York Times o nomeou o maior ator do século XXI, conhecido por sua versatilidade e presença em papéis que vão desde figuras históricas até personagens complexos e emocionalmente carregados.
Lembrando que antes Denzel ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Tempo de Glória (Glory, 1989) – Nesse filme, ele interpretou Trip, um soldado afro-americano da Guerra Civil dos EUA, e seu desempenho intenso e emocional foi amplamente elogiado.
Ao longo de sua carreira, Denzel Washington deu vida a muitos personagens marcantes. Interpretou Malcolm X no filme homônimo de Spike Lee (1992), uma das atuações mais memoráveis de sua carreira, que exigiu dele um trabalho intenso de pesquisa e muita dedicação. Outro papel icônico foi o de Rubin "Hurricane" Carter em Hurricane: O Furacão (1999), onde ele interpretou um boxeador injustamente preso, trazendo à tona sua habilidade para papéis de forte carga emocional.
O livro preferido desse esplêndido ator é a Bíblia. Ele é uma pessoa de fé e frequentemente fala sobre a importância das escrituras em sua vida. Washington cita a Bíblia como uma fonte de inspiração, orientação e força, e ele acredita que os ensinamentos da fé influenciam sua abordagem à vida e até mesmo à atuação.
Emma Stone
Oscar 2024 – Pobres Criaturas
Emma iniciou sua carreira em séries de televisão, aparecendo em episódios de programas como Medium e Malcolm in the Middle. Sua primeira grande oportunidade no cinema veio com a comédia Superbad (2007), onde interpretou a personagem Jules, ao lado de Jonah Hill e Michael Cera. O papel foi um sucesso e rapidamente a colocou em destaque em Hollywood. Logo após, participou de A Casa das Coelhinhas (2008) e Zumbilândia (2009), consolidando sua habilidade para comédia. Emma ganhou o Oscar de Atriz Coadjuvante de 2017 e por fim agora pelo diferente, excêntrico e ótimo Pobres Criaturas.
Emma Stone é conhecida por seu humor espirituoso e sua personalidade descontraída. Desde pequena, ela lidou com crises de ansiedade, algo que já compartilhou em entrevistas. Stone utiliza técnicas de respiração e meditação para lidar com esses desafios, e já mencionou como o teatro foi essencial para ajudá-la a lidar com a ansiedade.
Ela também é famosa por seu compromisso com a autenticidade em suas atuações. Para La La Land, treinou intensivamente em canto e dança para entregar um desempenho convincente. Curiosamente, Emma tem uma voz rouca característica, resultado de uma cirurgia realizada na infância devido a nódulos em suas cordas vocais.
Adoro essa, na verdade fiquei meio caído por ela nesse último filme, Pobres Criaturas. O livro preferido dessa bela e talentosa atriz é um livro importantíssimo para alta literatura e sobretudo para o status da Literatura Latina que encontrou em Gabriel Garcia Marquez um dos grandes talentos literários de todos os tempos. O livro preferido de Emma Stone é Cem anos de Solidão. Engraçado, mas o livro tem muito do espírito do último livro de Emma e provavelmente ela tirou alguma coisa dali para a alma de sua personagem.
Jack Nicholson
Oscars
Um Estranho no Ninho (1975)
e Melhor É Impossível (1997)
(Detalhe ele ganhou três Oscars um dele de ator coadjuvante Laços de Ternura (1983))
Jack Nicholson é um dos atores mais aclamados e versáteis de Hollywood, conhecido por sua capacidade de interpretar personagens complexos e excêntricos, muitas vezes com um toque de loucura ou intensidade emocional. Com uma carreira que se estende por mais de cinco décadas, Nicholson é um dos poucos atores a ganhar três Oscars e a ser indicado ao prêmio em todas as décadas de 1960 até 2000.
Jack tem 86 anos, 3 Oscars e 70 filmes: Jack Nicholson nunca mais voltará para o cinema. Já tentaram fazê-lo voltar muitos roteiros e muitos filmes sonham ter mesmo o velho Jack Nicholson de quase 90 anos atuando, mas digo-vos não o terão.
Para muitos ele é mais lembrado pelo filme em que não ganhou nenhuma estatueta por seu papel como Jack Torrance em O Iluminado (1980), onde trouxe uma interpretação aterrorizante e cheia de nuances ao personagem no filme de Stanley Kubrick, baseado no livro de Stephen King. Mesmo com críticas mistas na época, o filme se tornou um clássico e Nicholson eternizou dois objetos em cena nunca outro filme será lembrado por falarmos: machado, porta.
Já que o tema aqui é livros preferidos por atores é importante lembrar o que disse Jack na última tentativa de trazê-lo de volta aos sets de filmagem. O produtor musical Lou Adler, grande amigo do ator, deu uma resposta clara a esta pergunta. Convidado do podcast apresentado por Marc Caron, Adler contou uma novidade sobre Jack Nicholson. Um amigo meu queria tê-lo em um filme. Ele discutiu o assunto com ele, mas Jack disse: não quero fazer isso. Sabe o que fiz hoje? Decidi sentar debaixo de uma árvore e ler um livro.
Puxa que resposta decidida e deliciosa de Jack. Mas então qual será o livro que Jack teve mais satisfação em ler debaixo de uma árvore. O livro é: On the Road. Ele já mencionou algumas vezes seu apreço por On the Road de Jack Kerouac. Esse clássico da literatura beat o influenciou profundamente em sua juventude, principalmente pelo espírito livre e contracultural da obra, que ecoa muito com a personalidade ousada e aventureira de Nicholson. Ele se identifica com o estilo de vida de exploração e questionamento da conformidade que o livro aborda, algo que também é visível na forma como ele escolhe seus papéis e encara a vida.
Anthony Hopkins
Oscar - O Silêncio dos Inocentes (1991)
Oscar - Meu Pai (2020)
Com uma carreira que abrange mais de cinco décadas, Hopkins é conhecido tanto no cinema quanto no teatro, e sua dedicação à arte de atuar é refletida em cada um de seus papéis.
Hopkins nasceu no País de Gales e começou sua carreira no teatro, treinando na Royal Academy of Dramatic Art (RADA) em Londres. No início dos anos 1960, foi convidado por Laurence Olivier para se juntar ao Royal National Theatre, onde rapidamente ganhou reconhecimento por sua habilidade como ator. Embora tenha começado no palco, Hopkins sempre teve uma inclinação para o cinema e, eventualmente, começou a construir uma carreira notável na tela grande.
Seu primeiro papel de destaque veio com o filme O Leão no Inverno (1968), onde atuou ao lado de Peter O'Toole e Katharine Hepburn. Hopkins impressionou com sua interpretação do rei Ricardo Coração de Leão, e a partir daí começou a ganhar reconhecimento internacional.
Hopkins é conhecido por uma série de papéis marcantes. Um de seus maiores sucessos e o papel que o tornou um ícone cultural foi o de Dr. Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes (1991). Interpretando um psiquiatra e serial killer brilhante e cruel, Hopkins criou um dos vilões mais aterrorizantes e memoráveis do cinema. Apesar de aparecer em cena por apenas 16 minutos, sua atuação foi tão poderosa que ele ganhou o Oscar de Melhor Ator. Este papel se tornou um marco em sua carreira e lhe rendeu várias sequências, incluindo Hannibal (2001) e Dragão Vermelho (2002).
Além disso, ele foi indicado ao Oscar várias vezes e recebeu prêmios no BAFTA, Globo de Ouro e Emmy, entre outros. Hopkins foi nomeado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II em 1993 por sua contribuição às artes, sendo formalmente conhecido como Sir Anthony Hopkins.
E qual o livro preferido dessa força da atuação além de uma simpatia e carisma humano: O Livro Tibetano dos Mortos, também conhecido como Bardo Thodol. Ele já mencionou que esse texto espiritual tibetano, que explora temas de vida, morte e transição, é uma de suas leituras preferidas. Hopkins aprecia a profundidade filosófica e espiritual da obra, que reflete seu interesse pelo autoconhecimento e a busca por um significado mais profundo na vida. A leitura dessa obra é um reflexo de sua natureza introspectiva e de sua busca contínua por entender a condição humana.
O Livro Tibetano dos Mortos (Bardo Thodol) não possui um autor único, pois é um texto antigo da tradição budista tibetana, transmitido oralmente ao longo dos séculos antes de ser registrado por escrito. A versão mais conhecida foi compilada no século VIII por Padmasambhava, um mestre espiritual indiano que introduziu o budismo no Tibete.
Gary Oldman
Oscar - (2017)
O Destino de Uma Nação
Ele é conhecido tanto pelo talento camaleônico quanto pela intensidade que traz aos seus papéis. Aclamado como um dos melhores atores de sua geração, Oldman tem uma longa carreira que inclui cinema, teatro e televisão, com performances icônicas que demonstram sua habilidade de navegar entre personagens profundamente variados.
Um dos papeis mais importantes foi o do comissário James Gordon na trilogia Batman de Christopher Nolan, onde trouxe uma presença sólida e realista ao personagem, contrastando com o caos de Gotham e com os outros personagens intensos da série. Oldman também brilhou como Sirius Black na franquia Harry Potter, onde deu vida ao personagem querido e ao mesmo tempo atormentado, mostrando sua habilidade de atrair diferentes gerações de público.
Gary Oldman ganhou o Oscar de Melhor Ator por sua interpretação de Winston Churchill em O Destino de Uma Nação (2017). Essa vitória foi vista como uma celebração de seu talento duradouro e de sua contribuição ao cinema. Além do Oscar, Oldman recebeu diversos prêmios e indicações ao longo de sua carreira, incluindo o Globo de Ouro e o BAFTA.
Com uma carreira diversificada que abrange heróis, vilões e figuras históricas, Gary Oldman continua a impressionar o público e a crítica com sua habilidade de se reinventar em cada papel. Sua dedicação, talento e humildade fizeram dele um dos grandes mestres da atuação, e ele segue como uma influência fundamental para atores e cineastas em todo o mundo.
O livro desse grande ator que realmente tem uma atuação espetacular em o Destino de uma Nação é: Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski. O que atrai no livro do russo é a profundidade psicológica e moral dos personagens, especialmente a complexidade de Raskólnikov, o protagonista. Esse clássico da literatura russa explora temas como culpa, redenção e a natureza humana – temas que também refletem a intensidade e o comprometimento que Oldman traz para seus papéis no cinema.
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