A simpática Jojo Moyes que ganhou duas vezes o Novel Romantic of the Year Award pelas Associação de Escritores românticos e foi traduzido em onze línguas diferentes.
Desde 2002 quando lançou
Em Busca de Abrigo, dedica-se a escrever romances. Os romances de Jojo Moyes tem conquistado muitas leitoras. No Brasil nos últimos anos vemos uma forte presença desse tipo de romance, divertido, de leitura fácil e com apelos emocionais e doses de caráter. Há uma legião de fãs aqui na terrinha, os livros dela já passam dos 400 mil exemplares vendidos. O best-seller, Como eu era antes de você, foi lido por mais de 5 milhões pessoas e a sua adaptação para o cinema estreia em junho.
Talvez o mundo tenha mudado muito, ou não, mas em certo momento pensava-se que a ficção poderia esmorecer e morrer até. Esses livros mais “fáceis” e com apelo emocional e de caráter cosmopolita parecem ter uma função fundamental, a de formar leitores. Contudo muitas dessas leitoras são também escritoras e se publicam na Amazon e outras plataformas, imprimem livros, fazem lançamento e atingem público-leitor em muitos casos. Contudo não acredito que livros como os de Jojo Moyes que encabeçam a lista de mais vendidos em nosso país possam contribuir para uma Literatura mais importante, mas sem dúvida é mais saudável esse fenômeno do que maléfico. Se levanta em conta que a qualidade desses textos é muito superior há best-sellers de outros tempos, livros que eram escritor por ghost-writer, em sua grande maioria.
Há um interesse diverso em leitores que vão se formando longe da negligência vazia de nosso ensino. Podemos ver que na mesma lista onde temos E. L. James, Gayle Forman, Cecelia Ahern, temos também Anthony Doerr Toda luz que não podemos ver, vencedor do Pulitzer.
Há outra coisa importante é quebra de um monopólio estadunidense para esse gênero, pois muitas garotas brasileiras vem conquistando leitores, centenas e até milhares. Pode um sabichão dizer que isso não é Proust, Kafka etc, não, não é, mas é seguramente um fenômeno importante para o mercado e a formação de leitores num mundo audiovisual tão pesado