Os 4 tipos de escritor são, embora não pareça, uma ferramenta essencial do ponto vista literário, porque define a maneira como você escreve sua história.
Antes de tudo, apresentemos os Dois Métodos Básicos, que são o Método Criador e Editor, e não são, sinceramente, muito complicados de entender. O primeiro, o Método Criador, compõe apenas escrever e mais nada. Nele você escreve mil, duas mil, três mil, quatro mil ou cinco mil palavras sem parar, aproveitando o brainstorm (literalmente Tempestade Cerebral, mas que na verdade é uma série de ideias que vão surgindo na sua mente) até ele esgotar. O Método Editor consiste em revisar o material já escrito de maneira a torná-lo mais legível e poético, e não só palavra ao lado de palavra.
Os Métodos em si têm de coexistir, mesmo que você só escreva seus capítulos e publique, o simples fato de filtrar uma parte das ideias já seria no caso o Método Editor, enquanto escrever cria o Criador.
Entenderam? Ótimo!
Os 4 Tipos de Escritor: Introdução
Escritor Improvisador é aquele escritor que escreve IN LOCO mesmo, sem um tópico ou um resumo do capítulo que vai escrever, se ele tem uma ideia ele vai com ela até o fim sem deixar ela de lado até não poder mais, e vai escrevendo sem parar.
Exemplos são: Arthur Conan Doyle e Stephen King
Escritor Improvisador Editor é aquele escritor que escreve só uma parte improvisando, mas ao invés de continuar, ele para e reescreve o texto até ele ficar todo bonitinho, é basicamente um Improvisador organizado.
Exemplos são: Agatha Christie e George RR Martin
Escritor Planificador Improvisador é aquele que escreve só uma parte planejada, mas ao invés de parar, ele improvisa mais um pouco, e depois planeja outra parte, esse tipo tem duas subdivisões: o Planificador que Improvisa e o Improvisador que Planeja.
Exemplos são: John Abercrombie e Isaac Asimov
Escritor Planificador é aquele que planeja todos os capítulos, não costuma variar muito sua história e geralmente a muda apenas a parte final para criar, por exemplo, os chamados Plot Twists.
Exemplos são: Tolkien Arthur e C. Clarke
Os 4 Tipos de Escritores: Modus Operandi
O Improvisador escreve. Como não tem que passar horas planejando roteiros e sumários ele só escreve. Depois de escrever, ele volta, relê o que está escrito (a obra completa, portanto se você se dá o trabalho de reescrever o que fez e escreve por capítulos você é um Improvisador Editor e não há nada de mau nisso) e depois corrige tudo que está feio. Caso você não leia, já que estava escrevendo e sabe tudo sobre o capítulo que você começou do nada a escrever, e esteja publicando por capítulos. Então ou você escreve muito bem, ou escreve muito mal e não se importa com o que você está fazendo.
O Improvisador Editor escreve como o Improvisador, mas ao invés de parir o capítulo e partir para o outro, ele para, lê o capítulo bonitinho que estava escrevendo, corrige ele, deixa muito mais bonitinho e volta a escrever. Exemplos como esse são George Martin que demora anos pra corrigir o capítulo até deixar ele perfeito ou da Agatha Christie, autor do maior livro do mundo que gostava de refletir casos policiais em suas obras.
O Planificador Improvisador planeja um resumo do resumo de seu livro e deixa os capítulos não lineares/menos importantes de lado. Pode-se também planejar um capítulo específico e no outro improvisar e por aí vai, de maneira que existam possibilidades e ideias diferentes. Este tipo é conhecido também como Floco de Neve e aplicado na maioria por autores de Fantasia e de Ficção Científica.
O Planificador planeja. Muitos autores mais planejam sumários do que escrevem, e quando o fazem, não param para pensar se pode mudar isso ou aquilo, e só o fazem em partes menos importantes, como capítulos não lineares, personagens menos marcantes e ambientes que não tem muita coisa em especial ou são genéricos. Esse método é aplicado no geral por autores com nome, ou de grande nome como Tolkien e Orwell.
Os 4 Tipos de Escritor: Análise de Espécie & Tronco por Gênero
Os 4 Tipos possuem entre si outros tipos, que se categorizam como subespécies, como foi dito aí para cima, os Planificadores Improvisadores possuem diferenças entre si a partir do sentido em que são abordados.
Improvisador:
- O Improvisador Flecha tem tanto o texto quanto a ideia originadas do nada, o Improvisador Flecha pode escrever de preferência como um Planificador, mas se ele procurar sua ideia não por pesquisa, mas por um esforço criativo o torna um Improvisador Flecha.
- O Improvisador Arquiteto é aquele que já terminou. Você só é um Improvisador Arquiteto quando já terminou seu livro/fanfic. Mas por que esse nome? Bem, ele basicamente lê todas as pontas de sua história e vai a separando em partes, tirando capítulos até torná-la perfeita.
- O Improvisador Idealista é o que escreve a partir da ideia, ele tem ideia de alguns capítulos e como eles vão se desenvolver, sabe como escrevê-los e como levar a história até lá, mas não ponto a ponto, por isso ele é um improvisador.
Improvisador Editor:
- O Escritor que gosta de Reler gosta de reler seus textos, se divertir com ideias originais e talvez até mesmo rir de besteiras que já cometeu, portanto, ele desenvolve um gosto por reler e aproveita o tempo que perde escrevendo/lendo seus textos.
- O Escritor que prefere Reler tem medo de fazer mal, portanto ele aproveita meia hora no intuito de melhorar seus textos. Ele geralmente aproveita mais escrever e pensar em suas ideias do que ler, mas é um tanto receoso em publicar textos sem filtrá-los. Podem também ser considerados perfeccionistas que querem a todo custo ter uma redação boa, informações que precisam estar lá e história com pé e cabeça.
- O Escritor que tem que Reler é um que no geral não escreve muito bem, portanto será uma porção menor. A diferença entre o que prefere e o que tem, é o histórico. O que prefere sabe que algumas coisas estão ruins, mas não arrisca. Sabe que escreve mal, e por ter relido textos antigos, ou por crítica, sabe as coisas horríveis na sua escrita e na redação, por isso, relê pelo mesmo motivo: precaução.
Planificador Improvisador
- O Planificador que Improvisa é como nos filmes, ele bola um plano, mas no final, alguém é morto, o avião bate ou perde a arma. Ele tem um plano, mas alguma hora ele se solta e parte para o improviso, preenchendo partes vazias e eliminando as pontas soltas. Esse tipo se dá só no final e em livros geralmente é um homem com uma tesoura, porque é justamente isso que ele faz: Tira o que não está bom e enche o que precisa estar.
- O Improvisador que Planifica é justamente o oposto, ele é o criminoso fugindo da cadeia, sai entrando em quarto por quarto, sem saber para onde ir, até que dá de cara com uma tropa de policiais. O Improvisador que Planifica vai escrevendo por improviso até uma parte, mas na parte X, ele decide planificar o capítulo e escolher caminhos alternativos (lembrando, este é um tipo que possui planos para certos pontos da história) que previamente planejou.
- O Estrategista que Arrisca pode ser personificado com um homem num Reality Show que tem que escolher uma das três portas, em duas delas há um capítulo ruim, na outra o melhor capítulo da história. Portanto, o Estrategista que Arrisca investe em uma ideia tentando descobrir se tanto sua improvisação para retirar o que está ruim quanto seus planos para o futuro resultam em algo, no caso, uma cena interessante.
Planificador
- Ser um Planificador Prisioneiro não é ruim, mas, no geral, ele não está aberto a outras ideias, é um como Tolkien, que planejou a ideia da história de Frodo a partir da mitologia nórdica e mitos britânicos, e que não escreveu tal capítulo porque teve uma ideia. Esse tipo de planificador tem sua história planejada e na maioria das vezes está escrevendo um novo Universo.
- O Planificador Darwin possui mente aberta, mas nem tanto. Ele por exemplo não vai fazer seu personagem principal tímido sair falando palavrão, mas vai abrir brechas literárias que danificam ou beneficiam a ideia original do primeiro sumário. Portanto, ser um planificador Darwin adapta ambientes, personagens e cenas, tanto estética, psicológica quanto cronologicamente para torná-lo melhor.
- O Planificador Aberto é falho e infalível ao mesmo tempo. Sua história está sempre melhor pela mente aberta do autor, que ao ler um livro ou uma revista, ver um filme ou alguma série, melhora a trama de sua história, dá um fundo histórico ao seu personagem e aprende a descrever a casa onde seu personagem mora. Mas ficar escrevendo toda vez que vê um jornal ou descobre um fato histórico pode ser uma âncora e não te tirar do lugar.