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Editoras brasileiras faturaram R$ 103 milhões com conteúdos digitais, aponta pesquisa


Esta cifra representa crescimento de 140%, quando comparado com os números do Censo do Livro Digital (2016). Os e-books são responsáveis por 98% deste faturamento e os audiolivros por 2%.


A Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Nielsen Book divulgaram na manhã desta terça-feira (25) os resultados da pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro. O estudo tem por base o ano de 2019 e busca entender a produção e a venda de produtos digitais: e-books e audiolivros nos mais diversos modelos de negócios admitidos pelos formatos.

O faturamento apurado com a venda destes produtos alcançou os R$ 103 milhões, o que representa crescimento de 140%, quando comparado com o registrado na ocasião do Censo do Livro Digital de 2016. Considerando a inflação (IPCA), este crescimento é de 115%. A cifra representa 4% do faturamento total apurado pela pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro referente ao ano de 2019 e que computa as vendas de livros físicos. É um número relativamente maior ao apresentado pelo Censo do Livro Digital (1,09%). Para fins de comparação, foram excluídas desta conta as vendas de livros didáticos e aquelas realizadas a governos. Este percentual cresce quando isoladas as editoras com faturamento acima de R$ 10 milhões, podendo a chegar a 10% quando observadas as editoras de livros científicos, técnicos e profissionais (CTP).


Os e-books são responsáveis por 98% deste faturamento e os audiolivros por 2%. Do faturamento total, R$ 71 milhões foram apurados com a venda à la carte e outros R$ 32 milhões vieram de outros modelos de negócio: bibliotecas virtuais (R$ 28 milhões), cursos on-line (R$ 2,5 milhões), subscrição (R$ 792 mil) e conteúdo fracionado (R$ 15 mil).

Nas vendas por unidades, as categorias Ficção e Não Ficção representaram 60% do total e os livros CTP representaram 40% do total. O estudo apurou venda praticamente nula de produtos digitais com conteúdos didáticos, embora saiba-se da sua produção. O modelo adotado por este segmento explica a decisão: normalmente, estes conteúdos não são comercializados separadamente dos produtos físicos.

De acordo com as editoras pesquisadas, no ano passado, foram comercializados 4,7 milhões de unidades, sendo 96% no formato de e-books e 4% de audiolivros. Quando observado apenas o faturamento, os e-books foram responsáveis por 99% das receitas.

O preço médio do e-book ficou em R$ 15,50. CTP puxa essa média para cima (R$ 27,50), enquanto Não Ficção (R$ 10,80) e Ficção (R$ 13,50) praticam preços mais baixos.

A pesquisa apontou ainda que as editoras pesquisadas colocaram à disposição dos leitores brasileiros 71 mil títulos. Na comparação com os dados apurados pelo Censo do Livro Digital, isto representa crescimento de 37% do acervo disponível. Destes, 8,9 mil foram lançados no ano passado. A grande maioria destes conteúdos (92%) está disponível no formato de e-book. Os audiolivros correspondem a 8% deste catálogo.

O inquérito segue uma metodologia parecida com a da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizado pelas mesmas organizações: é enviado um questionário on-line para as editoras, que os respondem informando o que produziu, o que e como vendeu. Neste primeiro ano, a pesquisa Conteúdo Digital recebeu 146 respostas. A partir delas, o estudo faz uma inferência estatística para chegar aos seus resultados. A promessa é que a pesquisa se torne anual.


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